A temporada de festas de fim de ano, que deveria ser sobre descanso e celebração, tornou-se um dos períodos mais movimentados para cibercriminosos que visam usuários de criptomoedas. Scammers aproveitam o aumento de compras online, promoções festivas e gastos emocionais para enganar pessoas e obter acesso a seus ativos digitais.
Várias condições tornam os golpes mais fáceis de executar e mais difíceis de detectar durante as festas. Primeiro, as pessoas passam mais tempo online entre compras, reservas de viagem e atividade em redes sociais, vendo mais anúncios e mensagens do que o normal. Scammers usam esse ruído extra para inserir links fraudulentos ou ofertas falsas.
Segundo, as emoções ficam mais intensas. As pessoas ficam mais generosas, otimistas e às vezes estressadas. Scammers sabem que emoções podem nublar o julgamento e exploram isso oferecendo “bônus de fim de ano”, “sorteios de Natal” ou “oportunidades de investimento de final de ano” que soam urgentes e emocionantes.
Terceiro, as pessoas ficam distraídas. Com agendas ocupadas e celebrações, menos usuários tomam tempo para verificar links, apps ou endereços de carteira. Uma pequena falha de atenção pode levar a perdas significativas de criptomoedas.
Os golpes de phishing permanecem uma das principais formas de roubo de criptomoedas. Durante as festas, frequentemente disfarçam tentativas de phishing como promoções ou alertas de conta. Scammers também criaram apps de carteira falsos que imitam os reais. Em temporadas festivas anteriores, equipes de segurança encontraram apps fraudulentos na Google Play e Apple App Store se passando por carteiras populares.
Fraudadores frequentemente configuram plataformas de investimento falsas ou “pré-vendas de tokens festivos”. Prometem retornos garantidos ou acesso antecipado exclusivo a uma nova moeda ou coleção NFT. As vítimas são solicitadas a depositar criptomoedas na plataforma. Após pessoas suficientes investirem, o website desaparece e os scammers somem com os fundos.
As festas podem ser solitárias para algumas pessoas, o que as torna mais vulneráveis à manipulação emocional. Nesses golpes, frequentemente chamados de “pig butchering”, criminosos criam identidades falsas em plataformas de namoro ou sociais e constroem confiança ao longo de semanas ou meses. Eventualmente, introduzem criptomoedas como uma “oportunidade de investimento” compartilhada.
Fraudadores se passam por reguladores, funcionários de exchanges ou até organizadores de caridade para enganar vítimas a transferir fundos. Outros se passam por suporte técnico ou agentes de recuperação para explorar pessoas que já foram vítimas de golpes.
Uma tendência crescente durante períodos festivos envolve criptomoedas fraudulentas “temáticas de festas”. Projetos como Xmas Coin (XMAS) mostram sinais consistentes com comportamento de pump-and-dump, com compradores iniciais adquirindo grande parte do suprimento total de tokens no lançamento.
Para se proteger, usuários devem ser suspeitos de ofertas não solicitadas, usar apenas links e apps oficiais, nunca compartilhar chaves privadas ou frases de recuperação, habilitar segurança forte como autenticação de dois fatores, ser cautelosos com manipulação emocional, verificar doações e sorteios, e se manter informados sobre alertas de autoridades financeiras e agências de cibersegurança.
Este conteúdo é informativo, não é recomendação de investimento.










